quinta-feira, 14 de abril de 2011

Arquitetura/Escultura/Pintura

A maior parte dos monumentos que podem ser vistos em Gran Canaria são posteriores à época da sua conquista, embora se tenha podido preservar alguns monumentos arqueológicos pertencentes aos povos autóctones da Ilha.

O Gótico foi o primeiro estilo introduzido em Gran Canaria no século XV, sendo a catedral da capital, a Catedral de Santa Ana, um expoente desta corrente artística. Podem também encontrar-se na Ilha elementos gótico-mouriscos nas obras realizadas no século XVI, tais como a Igreja de San Juan Bautista de Telde. Os séculos XVII e XVIII trazem a época dourada do Barroco, que recebe igualmente influências mouriscas. A Igreja de Santo Domingo e a Igreja San Telmo, na cidade de Las Palmas de Gran Canaria são dois dos exemplos desse período.

No século XIX, a arquitectura da ilha surge com uma nova imagem, influenciada pelo pensamento liberal burguês e por parte da aristocracia, e que tem uma boa expressão no actual Gabinete Literário, em Las Palmas de Gran Canaria. O Modernismo implementa-se com a chegada do século XX, estilo esse que, nos anos 30, dá lugar ao Racionalismo, época na qual se destaca na cidade o trabalho do arquitecto Miguel Martín Fernández de la Torre, através das obras como a fachada do Cabildo Insular ou a do Parador de Tejeda. No final do século XX, projecta-se na ilha novos projectos de vanguarda, como o interior do Centro Atlântico de Arte Moderna, de Sáenz de Oiza, o Auditório Alfredo Kraus, de Óscar Tusquets ou a torre Woermann, de Iñaki Ábalos e Juan Herreros. São os novos ícones da sempre variante capital da ilha.

A escultura
O Templo de San Juan de Telde é um dos pontos de referência da escultura de Gran Canaria entre os séculos XVI e XVIII, altura em que se recorria ao exterior para adquirir obras como o Crucificado, feito no México, ou o retábulo em talha.

Na época influenciada pelo Barroco, predominaram as importações da América Latina. José Luján Pérez (1756-1815) deu renome à Escola com o seu nome, um berço de grandes autores deste século e que trabalha a identidade canária. Inicia-se uma nova etapa na década de 60 do século XX com as linhas depuradas em conceitos abstractos, trabalhadas em sucata e em matérias industriais, de Tony Gallardo. Posteriormente, surgem os autores contemporâneos, tais como Martín Chirino, que deixa a arte abstracta para enveredar pela arte pública, sendo a sua escultura Lady Harimaguada na capital de Gran Canaria um dos exemplos do carácter da sua obra.

A pintura
A pintura dos séculos XV e XVIII é representada por um bom espólio resultante da aquisição de obras flamencas, que podem ser admiradas hoje em dia na Ermita de Las Nieves, em Agaete, ou na Igreja de San Juan Bautista de Arucas, com uma pintura da Virgem de Guadalupe.

No século XIX, destaca-se Manuel Ponce de León e, nos inícios do século XX, sobressai a figura de Néstor de la Torre (1887-1938), um expoente do simbolismo insular. Nas primeiras décadas do século XX, muitos dos autores canários seguem as tendências do século precedente, como Nicolás Massieu y Matos. A Escola Luján Pérez traz figuras de grande relevância como Jorge Oramas, Santiago Santana ou o citado Felo Monzón, que participou com Lola Massieu na fundação do grupo Ladac.

Em meados da década de setenta, surge um vasto leque de artistas influenciados pelas novas correntes artísticas como a abstração americana, o ecletismo e a figuração, as performances e o uso de variados materiais.

Thiago, Nº 29.

Um comentário:

  1. Thiago, você se esqueceu de falar que as Ilhas Canárias ficam na Espanha e que estava falando da arte na Europa.

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