VISÃO 3D: Música no século XIX

O que é música?

A música, podemos assim dizer, é a arte de combinar os sons e o silêncio. Ela está em todos os cantos no nosso dia-a-dia, se faz presente nas mídias, nas ruas, e é uma linguagem universal.

É utilizada tanto para sensibilizar o ouvinte quanto para vender um produto, tanto para criticar uma situação social quanto para glorificar à Deus, enfim, a música é utilizada para fins de muitas (senão todas) coisas, pois ela possui a capacidade estética de traduzir os sentimentos, atitudes e valores culturais de um povo ou nação, e é uma linguagem local e global. Ela sempre existiu como meio de produção cultural.

Partitura Musical

Música no Séc. XIX:

O século XIX foi tomado pela música romântica, com o intuito de demonstrar sentimentos e verdades mais profundas, que só poderiam ser alcançados pela arte, no caso, pela música. E como todos sabemos, música romântica não está ligada à declarações de amor, como hoje em dia, e sim, uma visão utópica da realidade.

Beethoven representa ao mesmo tempo a culminância do Classicismo e o início do Romantismo. Suas obras pertencem ao mais grandioso de toda a história da música.

Enquanto os compositores clássicos buscavam o equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade, os românticas, desequilibravam tudo, buscando liberdade de forma para conseguir uma expressão mais intensa das emoções. Muitos dos compositores românticos eram pessoas cultas, basicamente retirando inspiração de algum quadro ou livros. Tiravam inspiração, também, de terras exóticas e outrora, sonhos, a noite e o luar, os rios, os martírios do amor, contos, mistério, magia, etc. As melodias tornam-se mais ricas, com o maior uso de dissonâncias.

O concerto romântico utilizava grandes orquestras; e os compositores tornavam a parte do solo cada vez mais difíceis.

Até a metade do século XIX, toda a música fora dominada pelas influências alemãs, com isso, compositores de outros países sentiram a necessidade de começarem a criar suas próprias músicas. Inspiravam-se nas lendas e músicas folclóricas de seus países, o chamado Nacionalismo Musical.

Os grandes compositores de óperas românticas foram os italianos Verdi e Rossini, o alemão Wagner, e no Brasil destaca-se o Antônio Carlos Gomes.

Durante o Romantismo teve um grande florescimento da canção, principalmente do Lied (canção em alemão) para piano e canto. No século XIX o piano passou por vários melhoramentos. Muitos românticos escreveram para piano, embora os mais importantes foram: Schubert, Mendelssohn, Chopin, Schumann, Liszt e Brahms. Outro tipo de composição foi o Étude (estudo), que tinha como objetivo o aprimoramento técnico do instrumentista, favorecendo a figura do Virtuoso (músico de concerto com extraordinária técnica). O violinista Paganini e o pianista Liszt - virtuosos - eram admirados por plateias assombradas.