quinta-feira, 14 de abril de 2011

Moda

Moda é a tendência de consumo da atualidade. A moda é composta de diversos estilos que podem ter sido influenciados sob vários aspectos. Acompanha o vestuário e o tempo, que se integra ao simples uso das roupas no dia-a-dia. É uma forma passageira e facilmente mutável de se comportar e, sobretudo de se vestir ou pentear.

"Embora tenham sido encontradas agulhas feitas de marfim, usadas para costurar pedaços de couro, que datam cerca de 40 000 a.C., ou mesmo evidencias de que o tear foi inventado há cerca de 9 000 a.C., só podemos pensar em moda em tempos muitos mais recentes. Ela se desenvolve em decorrência de processos históricos que se instauram no final da Idade Média (século XIV) e continuam a se desenvolver até a chegar ao século XIX. É a partir do século XIX que podemos falar de moda como a conhecemos hoje (POLLINI, 2007). A moda é um sistema que acompanha o vestuário e o tempo, que integra o simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico. Pode-se ver a moda naquilo que se escolhe de manhã para vestir, no look de um punk, de um skatista e de um pop star, nas passarelas. A cada dia que passa o mundo da moda vem se superando e surpreendendo as pessoas, com cores vivas, tendências novas, cortes inusitados e inovadores. A moda proporciona aos que seguem uma tendência sempre inovadora e ousada. Ela é abordada sempre, encaixa em qualquer assunto e é sempre um meio de inspiração aos que a seguem.

Mesmo hoje, em que vivemos, sob o capitalismo hegemônico, a fase da globalização, não se pode esquecer que o mundo muçulmano se constitui num universo à parte, onde a burka e o xador ainda são amplamente utilizados e onde populações inteiras, como a maior parte da Índia e as comunidades indígenas, bosquímanas e aborígenes australianos, por exemplo, estão alijados da produção e do consumo. No século 19, a moda mudava em média de 25 em 25 anos.
1809 - Império
Inspiração na antiguidade clássicas e peças confortáveis de influência francesa.

1830 - Romântico
Mangas bufantes e mãos cobertas ainda fazendo referência à França.

1850 - Vitoriano
Excessos e volumes em função da rainha Vitória, monarca da Inglaterra.

1895 - Belle Époque
Influência do art. noveau e das formas curvilíneas com saias em forma de sino.

Em 1925 aconteceu aquilo que é considerado a primeira revolução no vestuário feminino no séc. XX: chegaram às saias curtas, cobrindo apenas os joelhos. Isso causou verdadeiro escândalo e eram condenadas em toda parte. Chegou-se a dizer que um terremoto ocorrido na Itália tinha sido causado pela vingança de Deus contra o uso da saia curta. Chegou a ser proibida para maiores de 14 anos, mas a resistência foi grande e fez surgir um novo tipo de mulher. O sensual era andrógino, já que as curvas femininas desapareceram, os cabelos se tornaram curtos e lisos, culminando, por volta de 1927, com o estilo a La garçonne, que marcou época. O chapéu ainda era uma peça imprescindível e o estilo era o cloche. O que diferenciava a garota do rapaz eram os lábios vermelhos e sobrancelhas fortemente realçadas a lápis. Como era uma criação inglêsa, a moda francesa entrou em decadência, mas em compensação, começaram a surgir novos nomes, sintonizados com os novos tempos, como por exemplo, Madame Paquim, Madeleine Vionnet e, a mais marcante de todas que foi Coco Chanel, que reinou absoluta por vários anos até o aparecimento de Elza Schiaparelli, que foi responsável pela introdução de “roupas boas da classe trabalhadora na sociedade”. No final da década de 20 as saia repentinamente começaram encompridar, até por pressão dos fabricantes de tecidos, e a cintura retornou ao seu lugar. O chapéu cloche foi abandonado os cabelos voltaram a crescer. Voltaram às mangas compridas. O padrão que marcou a década de 30 era o de ombros largos e quadris estreitos, mas sem a rigidez que predominava em épocas passadas. Nesse período a zona erógena para das pernas para as costas. Os decotes mostram até a cintura e a saia mais justa nos quadris começava a mostrar melhor o formato das nádegas. As roupas de banho começavam a merecer a atenção de estilistas, o que começou a influenciar na moda cotidiana, o mesmo acontecendo com as roupas para a prática de esportes, como por exemplo, o tênis que continuou a ser praticado de saias curtas (1940 a 1980).

Paris cai em mãos alemãs em 1940, mas apesar das restrições impostas, a moda sobrevive. A influência americana começa a ser sentida: cinturas finas saiam com pregas finas, presas por penses, blusas justas, chapéus e luvas. O detalhe era bastante valorizado, como por exemplo, o bolso falso que dava mais volume à saia. Ombro era quadrado de corte masculino, lembrando fardas militares, assim como o corte das calças. Os sapatos ainda tinham aspecto bastante pesado. A moda militar permaneceu por muito tempo, em roupas comuns, e até a década de 70 ainda se via influência das fardas britânicas e americanas. A atmosfera na década de 50, em Paris, era sofisticada. Peles, cachemere, mohair e jóias eram itens muito valorizados. A parcela mais jovem do público feminino começou a demonstrar sua vontade, não aceitando a “moda” feita para suas mães. O look “estudante de arte” se popularizou, pois renegava o luxo vigente. O popular “sportswear” americano se difundiu rapidamente entre os jovens, como calças cigarettes até os tornozelos, sapatos baixos e jeans. Tudo se juntou a peças criadas por estilistas que combinavam com essa moda popular, como o Cardigans justo debruçado (que voltou no final dos anos 70), a camisa Chanel em estilo masculino com abotoaduras e seus paletós em forma de Cardigans, precursores da moda unissex. O “beatnik look” surgiu nas ruas, inspirados nas roupas de astros da música e uniformes de gangues de rua. A demanda por roupas para jovens começa a crescer o que acabou chamando a atenção de alguns estilistas. Mary Quant. abriu sua loja Bazaar nos Kings Road em 1958. O prêt-à-porter começa a ficar mais forte e o sportswear americano ganho a Europa. Até as calcinhas diminuíram de tamanho, para pode se acomodar às saias curtas e calças Saint tropez. Aparecem malhas justas e marcantes que hoje são muito comuns. Yves Saint-Laurent trouxe o beatnik dos anos 50 para a nova década adaptado a vison preto e cetim ciré. O look menina foi adotado por Emmanuelle Khan e Courréges surpreende o mundo com a moda branca da era espacial, cortes quadrado com botas cano alto. Paco Rabanne encanta platéias com argolas de metal e discos de plástico, além de penteados de corte reto. Mary Quant. avança com modelos simples, práticos e
versáteis, até que em 1965, ela revoluciona a moda ao lançar a minissaia. Outra tendência que começa a despontar são os padrões chamados psicodélicos. A onda é
o new wave e se torna muito popular. Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, a resposta vem com criações limpas e calmas, a simplicidade é levada ao extremo
com uma moda quase minimalista. O uso de cortes enviesados com um mínimo de costuras permite uma interação maior entre corpo e tecido. Menos sofisticado, porém popular, é o country look, que encontrou adeptos até na Europa

No século 20, a moda mudou de 10 em 10 anos.
1910 - Brasil República
Após a ditadura, referências e roupas francesas tomaram conta da cena.

1920 - Anos loucos
Passada a 1ª Guerra Mundial, as roupas ficaram mais leves, fluídas e alegres.

1930 - A Crise
Depois do crash de 1929, a moda ficou mais sóbria, adulta e sofisticada.

1940 - Brasil em foco
Carmen Miranda e seu "Miranda look" marcaram a época na qual as importações foram bloqueadas por conta da 2ª Guerra Mundial, fato que fomentou a indústria têxtil no país.

1950 - Voltam da feminilidade
Romance, glamour, sofisticação em vestidos de cintura marcada feitos com muito tecido.

No início do século XXI a moda parece marcada por duas máximas: "nada se cria, tudo se copia" e "a moda vai e vem". Ao invés de divas do cinema ou da música, os carros-chefes são as drag-queens, que comandam o mundo fashion de dentro dos seus guetos, que são as grandes casas noturnas, espaços concorridos como as Paradas Gays e mesmo alguns espaços na televisão.

Neste sentido, é emblemática a trajetória de Ru Paul, Nany People, Dimmy Kieer, Léo Áquilla, Salete Campari e Silvetty Montilla.

Dentro do paradigma estético adotado, vêm crescendo a tendência à customização e à reciclagem de materiais, buscando o desenvolvimento sustentável, também no campo da moda.

Para não dizer que não há novidades, existem ainda vários movimentos da juventude, como a estética Clube, o underground e a cultura hip hop, mas sempre ligados ao universo das baladas e casas noturnas. Neste contexto, acentuou-se muito a difusão da tatuagem e do piercing.

No dia a dia, porém, para as atividades do cotidiano, não se notam sensíveis diferenças em relação ao "revival" efetuado pelas duas décadas anteriores. Entretanto, entre o último ano da primeira década do século e o primeiro da próxima década, há uma forte tendência de retomada da utilização da androginia[19] - que sempre esteve presente na moda -, porém ao invés de nublar os limites entre gêneros, a idéia agora é demonstrar que também é possível manter uma identidade de gênero mesmo que se absorvam atitudes ou consuma produtos normalmente associados ao outro gênero.

Fonte Bibliográfica:

Camila Mendes dos Santos, Nº 06.

Um comentário:

  1. Camila, apesar de muitíssimo preso ao site pesquisado, seu texto trouxe as informações necessárias. Sugiro que, para a revista, torne-o mais objetivo. Reveja a grafia de INGLESA, PLATEIA e IDEIA. O melhor seria escrever: EM 1925,// NO FINAL DA DÉCADA DE 20, AS SAIAS...// VOLTARAM AS MANGAS COMPRIDAS// USADO COM SAIAS CURTAS// PARA PODEREM SE ACOMODAR// GANHOU A EUROPA// NO INÍCIO DO SÉCULO XXI,//.

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